GRUSS – GRUPO DE ESTUDO SOBRE REESTRUTURAÇÃO URBANA E SEGREGAÇÃO SOCIOESPACIAL
Dentro da linha de Pesquisa “Dinâmicas urbanas e regionais na Baía da Ilha Grande”, a professora Eliane Melara e o professor Michael Chetry criaram um subgrupo de estudos focando em temáticas relacionadas ao espaço urbano – Grupo de Estudo sobre Reestruturação Urbana e Segregação Socioespacial (GRUSS). Esse grupo tem como objetivo analisar os processos de reestruturação urbana e segregação socioespacial na microrregião da Baía da Ilha Grande, especialmente em Angra dos Reis (Quadro 1; Figura 1), assim como em outras cidades médias da mesorregião Sul Fluminense, já que o grupo está vinculado à Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (ReCiMe).
Os projetos de pesquisa, ensino e extensão estão voltados para temáticas como: planejamento urbano, fragmentação e segregação socioespacial, centralidade urbana, reestruturação produtiva, precarização do trabalho, dinâmicas populacionais, violência urbana, ensino de geografia urbana, entre outros. Desse modo, buscamos organizar reuniões com estudantes e professores da UFF que estudam essas temáticas, bem como estruturar eventos que incluam estudos de outras universidades, a fim de debater tais assuntos e estabelecer trocas de conhecimento. Além disso, a produção de relatórios, artigos e monografias também fazem parte dos resultados desses estudos.
Em Angra dos Reis, os principais resultados obtidos em nossas pesquisas perpassam pelo âmbito das desigualdades sociais e espaciais evidenciadas em meio urbano. Por um lado, é um dos municípios brasileiros que mais possuem domicílios localizados em áreas categorizadas como Favelas e Comunidades Urbanas, com 39,8% do total de domicílios localizados nesses espaços (IBGE, 2020)¹. Por outro lado, é uma cidade que se destaca pela influência do turismo-imobiliário, apresentando cerca de 177 loteamentos residenciais fechados destinados principalmente à população de alta classe e aos estratos superiores da classe média, sendo estes nomeados como condomínios, edifícios e espaços residenciais (Quadro 2; Figura 2).
¹ INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Aglomerados Subnormais 2019: Classificação Preliminar e Informações de Saúde Para o Enfrentamento à COVID-19. Rio de Janeiro: IBGE, 2020.