O projeto busca fortalecer a inclusão social e emancipação econômica de catadores de materiais recicláveis, facilitando o acesso às cooperativas de catadores da região da Baía da Ilha Grande e colaborando com a efetivação participativa e socialmente inclusiva dos sistemas de gesta de resíduos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê a eliminação de lixões, associada à inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais recicláveis. Tal medida visa à mitigação da vulnerabilidade social dessa categoria atuante na informalidade através da sua organização coletiva em cooperativas e associações, que operariam a coleta seletiva dos sistemas de gestão de resíduos municipal e regional. A realização desses objetivos, no entanto, não vem sendo alcançada por conta da inexistência ou reduzida implementação de sistemas de coleta seletiva por parte das prefeituras, condomínios e estabelecimentos comerciais, que optam pela contratação de empresas terceirizadas para realização da coleta comum. Isso prejudica o acesso das cooperativas à matéria-prima, dificultando que se mantenham economicamente, além de reforçar a invisibilidade social da categoria e a desvalorização de seu trabalho, contribuindo para a reprodução das desigualdades sociais e de um sistema de gestão de resíduos excludente. Colaboram para esse quadro o não reconhecimento dos catadores como atores qualificados para o exercício da coleta seletiva, gerado pela falta de informações a respeito das cooperativas. Dessa forma, o objetivo do projeto é criar um mapa contendo um banco de dados digital, com informações sobre as cooperativas, sua localização, modo de funcionamento, perfil de trabalhadores e papel socioambiental, de modo a fornecer conhecimento disponível online, além de cartilhas a serem distribuídas nas associações de moradores, escolas, órgãos públicos, e demais instituições da região, para contribuir com a efetivação de políticas públicas socioambientais inclusivas e participativas.
